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Histria de Saquarema
Foto: Daniel R Carneiro(Licen
Foto: Daniel R Carneiro(Licena cc-by-sa-2.0)

Por volta do ano 1000, tribos indgenas de lngua tupi provenientes das bacias dos rios Madeira e Xingu, na margem direita do rio Amazonas, ocuparam a maior parte do atual litoral brasileiro, expulsando os habitantes anteriores, falantes de lnguas do tronco lingustico macro-j, para o interior do continente. Quando os europeus chegaram regio de Saquarema, no sculo 16, esta estava ocupada pela nao tupi dos tamoios, tambm chamados tupinambs.Em 1530, dom Joo III, rei de Portugal, reconhecendo que o sistema de 'excurses' para guardar as costas do Brasil exigia grandes sacrifcios e no apresentava resultados satisfatrios, devido falta de portos onde se pudesse atracar com as embarcaes para prover a colnia de mantimentos e homens, resolveu fundar uma colnia nas margens do Rio da Prata. 3u5943

Para isso, organizou uma frota com duas naus, um galeo e duas caravelas e uma tripulao de aproximadamente 400 pessoas e tendo, como comandante, Martim Afonso de Sousa, com poderes extraordinrios concedidos por dom Joo III atravs de uma carta rgia datada de 20 de novembro de 1530. Dentre tais poderes, destacava-se o de tomar posse e colocar marcos em todo o territrio at a linha demarcada.Saindo de Lisboa em 3 de dezembro de 1530, chegou Baa de Todos-os-Santos em 13 de maro de 1531, depois de ter se dividido. Uma parte da frota dirigiu-se ao norte. No dia 17 do mesmo ms, Martim Afonso de Sousa reiniciou a viagem indo em direo ao sul. Aps contornar Cabo Frio, atracou em frente ao Morro de Saquarema (morro da Igreja de Nossa Senhora de Nazar), no lugar onde hoje a construo da Barra Franca.

Alguns tripulantes desembarcaram e foram entrar em contato com uma grande tribo de ndios que obedeciam s ordens do chefe Sapuguau. Esses ndios moravam em choas feitas de sap ou tbua com uma porta em cada extremidade e sem repartimento no interior.Os tamoios eram timos canoeiros. Remavam de p a um como certssimo, com o que ficaram maravilhados os europeus. Assavam peixes sobre brasa, ou ento sobre um gradeado de madeira, a que se dava o nome de 'mokaem' (moqum). Ao assado envolvido em folhas, chamavam 'pokeka', hoje chamado de moqueca.

carne e ao peixe pilado e misturado com farinha, davam o nome de 'paoka'. Sua bebida preferida era feita de suco de caju que eles chamavam de 'caium'. Tinham sempre guardada, na choa, a farinha de mandioca – 'carim' e a usavam para fazer um bolo enroscado chamado 'ubeiju', de onde vem o nome do beiju.Gostavam da dana chamada de 'poroce' e, nela, utilizavam ornamentos feitos de plumas de garas ou araras que eram o capacete chamado de 'acangatara' e uma espcie de manto chamado de 'aayaba'. Tocavam instrumentos que eram a buzina chamada de 'mamby', o guarar chamado de 'ymbia' e tambores.

Por sculos, esses indgenas dominaram a parte litornea onde hoje se localiza a sede do municpio de Saquarema e apelidaram a lagoa de 'soc-rema', que quer dizer 'bandos de socs' (ave pernalta abundante na lagoa naquela poca) e, com a evoluo da linguagem, ou a chamar-se saquarema. Os tamoios foram sempre aliados dos ses e, por isso, foram exterminados pelo ento governador do Rio de Janeiro, Antnio Salema.

O Rei Dom Joo III, buscando uma soluo menos dispendiosa para o problema da colonizao do Brasil, resolveu dividir o territrio em capitanias hereditrias. Foi devido concretizao desse desejo real, que as terras do atual municpio de Saquarema, aram a pertencer a Martim Afonso de Sousa, por se encontrar dentro dos limites fixados para a Capitania de So Vicente a ele doada.Dado a extenso do territrio da capitania, muitos anos se aram antes que as terras de Saquarema recebessem os benefcios da civilizao. S em 1594, os padres da Ordem do Carmo, por elas de interessaram, pleiteando e obtendo, em 5 de outubro desse ano a doao de algumas sesmarias localizadas na regio.

No lugar hoje denominado Carmo, prximo a Ipitangas, iniciaram os religiosos, logo ao chegar, a construo de um convento que denominaram de Santo Alberto e do qual no presente, existe, apenas, como recordao, a imagem do seu padroeiro, venerado na exposio de imagens antigas em uma das salas do palcio do Bispo em Niteri.

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