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Bumba meu Boi - Foto: Severino Neto |
Os brancos trouxeram o enredo da festa; os negros, escravos, acrescentaram o ritmo e os tambores; os ndios, antigos habitantes, emprestaram suas danas. E a cada fogueira acesa para So Joo, os festejos juninos maranhenses foram-se transformando no tempo quente da emoo, da promessa e da diverso. nesta poca de junho, que reina majestoso o Bumba-meu-boi. 1z4n6q
O auto popular do Bumba-meu-boi conta a estria da Catirina, uma escrava que leva seu homem, o nego Chico, a matar o boi mais bonito da fazenda para satisfazer-lhe o desejo de grvida: comer lngua de boi. Descoberto o malfeito, manda o Amo (que encarna o fazendeiro, o latifundirio, o 'coronel' autoridade) que os ndios capturem o criminoso, que, trazido sua presena, representa a cena mais hilariante da comdia (e tambm a mais crtica no sentido social).
Para ressuscitar o boi, chama-se o doutor, cujos diagnsticos e receitas estapafrdias ironizam a medicina. Finalmente, ressurgido o boi e perdoado o negro, a pantomima termina numa grande festa cheia de alegria e animao, em que se confundem personagens e assistentes. Com traos semelhante aos dos autos medievais, a brincadeira do Bumba-Meu-Boi existe em outras regies do Pas, mas s no Maranho tem trs estilos, trs sotaques, e um significado to especial. mais que uma exploso de alegria.
'quase uma forma de orao', servindo como elo de ligao entre o sagrado e o profano, entre santos e devotos, congregando toda a populao. O Bumba-Meu-Boi, na verdade, nasce de pagamento de uma promessa feita ao 'glorioso' So Joo, mas nas festas juninas maranhenses tambm se rendem homenagens a So Pedro e So Maral. Clique e Saiba mais sobre Bumba-Meu-Boi do Maranho