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Era Colonial - Foto/Reprodu
Era Colonial - Foto/Reproduo: Cear em Fotos

As terras atualmente pertencentes ao Cear foram doadas, em 1535, a Antnio Cardoso de Barros, mas este no se interessou em coloniz-las e nem sequer chegou a visitar a capitania, embora tivesse ocupado o cargo de provedor-mor da Bahia no governo geral de Tom de Sousa. Cardoso de Barros, inclusive, faleceu em 1556, ao lado do primeiro bispo do Brasil dom Pero Fernandes Sardinha, devorado pelos ndios Caets, aps um naufrgio na costa de Alagoas. A primeira tentativa sria de colonizao portuguesa ocorre com Pero Coelho de Sousa, que lidera a primeira bandeira feita em 1603, demonstrando por isso certo interesse de Portugal em colonizar o Cear.A misso dos bandeiristas era explorar o rio Jaguaribe, combater piratas, 'fazer a paz' com os indgenas e tentar encontrar metais preciosos. partindo da Paraba, frente de 200 ndios 'mansos' (j submissos ao conquistador) e de 65 soldados (entre os quais o jovem Martim Soares Moreno), Pero Coelho atingiu pelo litoral a serra de Ibiapaba, onde travou combate com os ndios Tabajaras e alguns ses, ento aliados. Derrotando os adversrios, Pero Coelho tentou seguir para o Maranho, mas s atingiu o rio Parnaba (Piau) pois seus homens, cansados, maltrapilhos e famintos recusaram-se a prosseguir viagem. De retorno ao litoral, o capito-mor fundou o Forte de So Tiago, s margens do Rio Cear e o povoado de Nova Lusitnia. Ficou ali pouco tempo. 207348

Os ndios, ressentidos com o comportamento brutal dos 'civilizados' europeus aram a atacar o Fortim. Pero ,ento, retirou-se para o rio Jaguaribe, construindo nas margens deste o forte de So Loureno. Contudo, a pesada seca de 1605 a 1607 (a primeira registrada pela historiografia local) e os persistentes ataques indgenas levaram Pero Coelho a deixar o Siar em dolorosa caminhada, na qual pereceram de fome e sede alguns soldados e seu filho mais velho. Dirigindo-se ao forte do Reis Magos no rio Grande do Norte e depois Paraba e Europa, Pero Coelho faleceu em Lisboa, pobre, aps tentar cobrar de Portugal os pagamentos pelos servios prestados nas terras cearenses. Fracassava, assim, a tentativa pioneira de ocupao do 'cear Grande'. (Por: Farias de Airton; Historia do Cear;.

Diante do fracasso de Pero Coelho de conquistar as naes ndigenas, em 1607 foram enviados os padres Jesutas Francisco Pinto e Lus Figueira com o intuto de evangelizar os sivcolas. Estes avanaram at a Chapada da Ibiapaba, onde ficaram at a morte do padre Francisco Pinto em outubro do mesmo ano. O padre Lus Figueira retorna para o Rio Grande do Norte. Posteriormente, relatou sua empreitada em Relao do Maranho,o primeiro texto escritosobre o Cear. Figueira, todavia, no foi muito feliz no relacionamento com os nativos brasileiros. Anos depois, em 1643, vtima de um naufrgio na Ilha de Maraj, foi morto e devorado pelos ndios Arus.

Em 1612, sob o comando de Martim Soares Moreno (considerado posteriormente o 'fundador' do Cear), foi construdo, s margens do Rio Cear, o Forte de So Sebastio, local conhecido atualmente como Barra do Cear (divisa entre os Municpios de Fortaleza e Caucaia). A colonizao portuguesa da regio, iniciada no sculo XVII, foi dificultada pela forte oposio das tribos indgenas e as invases de piratas europeus. O estabelecimento europeu s tomou impulso com a construo, na embocadura do riacho Marajaitiba, do forte holands Schoonenborch, que em 1654, foi tomado pelos portugueses e ou a ser chamado Fortaleza de Nossa Senhora de Assuno. Em volta dessa Fortaleza formou-se a segunda vila do Cear, a vila do Forte, ou Fortaleza. Depois de muita disputa poltica entre Aquiraz e Fortaleza, a ltima ou a ser a capital do Cear, oficialmente a partir de 13 de abril de 1726 (Data em que se comemora o aniversrio da cidade).

Houve duas frentes de ocupao portuguesa do territrio cearense: a do serto-de-fora, controlada por pernambucanos que vinham pelo litoral; e a do serto-de-dentro, dominada por baianos. Graas pecuria e aos deslocamentos de pessoas das reas ento mais povoadas, praticamente todo o Cear foi ocupado ao longo do tempo, levando ao nascimento de vrias cidades importantes nos cruzamentos das principais estradas utilizadas pelos vaqueiros, como Ic. Ao longo do sculo XVIII, a principal atividade econmica cearense foi a pecuria, levando muitos historiadores a falarem que o Cear se transformou em uma 'Civilizao do Couro', pois a partir do couro se faziam praticamente todos os objetos necessrios vida do sertanejo atravs de um rico artesanato.

Fonte Wikipdia

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